quarta-feira, 2 de janeiro de 2008


São Paulo - SP - Brasil
Pinacoteca do Estado
Esta cidade é uma mistura do belo e do feio. As cores cinzas dos prédios e do horizonte muitas vezes se refletem nos semblantes das pessoas. Elas andam apressadas, buscando fazer o máximo de coisas no mínimo de tempo, para tentar sobreviver. Quando venho aqui lembro da expressão selva de pedras, e vejo que essa é uma imagem fidedigna à realidade. Terra de oportunidades, mistura de culturas existem coisas certamente fascinantes sobre esta cidade (recomendo o Museu da Lingua Portuguesa e um passeio tranquilo pelo Ibirapuera).
Para mim esta é apenas uma passagem, lugar de onde se inicia esta viagem. Amanhã pela manhã, parto para o meu próximo destino: Buenos Aires.
Frase do dia:
Um francês relata a sua conversa com um velho índio tupinambá no período colonial:
"Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?
Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas.
Retrucou o velho imediatamente: e por-ventura precisais de muito?
Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados.
Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: Mas esse homem tão rico de que me falas não morre?
Sim, disse eu, morre como os outros.
Mas os selvagens são grandes discursores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam?
Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos.
Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quand oaqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados."

3 comentários:

Luccas disse...

Começou bem! Allez, Vas-y mon ami!

Anônimo disse...

hahahah
uh huuu nova iguaçu...

NANDA DUTRA + LUCIO MAIA disse...

coletinho de pescador vai caminhar sozinho pelas ruinas incas...
hahahaha